RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com
FOLGUEDOS DE LARANJEIRAS - Folguedos folclóricos podem ser vistos como rituais que expressam de forma simplificada e simbólica, a organização e os modos de ser da sociedade. Como a linguajem das cores, das formas, dos gestos dos materiais empregados na caracterização dos personagens através das falas e dos enredos, no caso da dramatização, muitas coisas são reveladas sobre a sociedade que realiza os rituais.
Eles vinculam imagens e valores que, de tanto serem repetidos, aparecem como verdades que devem ser aceitas e comportamentos que devem ser seguidos. Desse modo, os rituais desempenham também uma função pedagógica, mesmo quando se reportam ao passado, como por exemplo, ao tempo do cativeiro, transmitem mensagens que se aplicam ao presente. Laranjeiras é uma cidade rica em manifestações de folguedos folclóricos. Vejamos alguns exemplos: REISADODança de origem portuguesa. O canto pode ser religioso ou humorístico. Apresentado sempre no dia de Reis, recebendo daí o seu nome.
Eles vinculam imagens e valores que, de tanto serem repetidos, aparecem como verdades que devem ser aceitas e comportamentos que devem ser seguidos. Desse modo, os rituais desempenham também uma função pedagógica, mesmo quando se reportam ao passado, como por exemplo, ao tempo do cativeiro, transmitem mensagens que se aplicam ao presente. Laranjeiras é uma cidade rica em manifestações de folguedos folclóricos. Vejamos alguns exemplos: REISADODança de origem portuguesa. O canto pode ser religioso ou humorístico. Apresentado sempre no dia de Reis, recebendo daí o seu nome.
O Reisado se compõe de dois cordões: Encarnado (vermelho) e azul formado de pastoras. Seus vestidos determinam o nome do cordão. Há disputa constante em toda apresentação, de um cordão e outro. Todos os personagens são femininos, com exceção do “Caboclo” ou “Mateus”, que se veste de palhaço.
Em Laranjeiras existem o Reisado de D. Lalinha, o Reisado do Balde, o Reisado dos Idosos e o Reisado Mirim. SAMBA DE PARELHAO Grupo Folclórico Samba de Parelha do povoado Mussuca, é formado por 21 (vinte e uma) pessoas; sendo 17 (dezessete) mulheres e 4 (quatro) homens, que resolveram mostrar ao público a maneira de divertimento de seus antepassados.
Atualmente só as mulheres participam da dança, não sendo originalmente sua característica. Essa dança surgiu das brincadeiras de roda. Dona Nadir é a atual cantora do grupo e toca ganzá.
DANÇA DE SÃO GONÇALO Segundo a tradição, São Gonçalo era um religioso alegre e brincalhão, tocava alaúde, viola, e, cantava para as prostitutas dançarem até se cansarem e recolherem-se, evitando com isso que fossem pecar com os homens.
Assim, São Gonçalo teria conseguido salvar nove delas da prostituição. Os grupos em sua maioria são formados somente por homens em fila dupla, vestidos com trajes femininos. Seus membros usam vestidos brancos ou estampados com calças por baixo, além de colares, brincos, pulseiras, lenços amarrados na cabeça e fitas coloridas.
A dança realiza-se, geralmente, na Festa de Santos Reis e São Benedito, no dia 6 de Janeiro.Em Laranjeiras, São Gonçalo encontra-se no povoado Mussuca sob o comando do Mestre José Sales do Santos.
CHEGANÇA ALMIRANTE TAMANDARÉA Chegança é um ato popular de origem européia ligado ao ciclo natalino, que desenvolve temas relacionados à vida do mar e as lutas entre os Mouros e Cristãos.
Em Laranjeiras, a Chegança preserva as suas características mais tradicionais. A versão de seus participantes é que a Chegança surgiu a partir de uma promessa feita outrora, por um tripulante de uma embarcação que durante uma viagem, enfrentou forte tempestade e recorreu à Virgem do Rosário e foram salvos.
Destacam-se alguns membros que usavam suas indumentárias com galhardia, são eles: Oscar Ribeiro dos Santos e Ambrosino Ramos do Nascimento (Seu Raminho).TAIEIRADentro do esquema do “Circulo do Rei do Congo” estão todas as danças dramáticas, as cerimônias de caráter religioso ou ainda as mais simples canções de origem africana.
A Taieira é ligada a este ciclo e em Sergipe, é apresentada unicamente na cidade de Laranjeiras.
A Taieira é dançada apenas por mulheres. Usavam saias brancas rodadas e camisas brancas de rendas, numa imitação das baianas. Hoje o traje usado não é mais imitação das baianas. As mulatas se vestem de saias de laquê bem rodadas, blusas brancas com enfeites de renda. Trazem na cabeça diademas com fitas ou papel crepom, que caem em várias cores até a altura dos joelhos.
O grupo criado por Dona Umbelina de Araújo (Dona Bilina) em Laranjeiras, continua após sua morte e festeja também o dia de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.
LAMBE-SUJO - Dois grupos folclóricos (caboclinhos e lambe-sujos) intimamente ligados por suas manifestações guerreiras e rítmicas.
Baseiam-se em episódios da destruição dos quilombos feita pelos capitães-do-mato, muitos deles de sangue indígena. Seria um ato de sobrevivência histórica dos negros e a sua rivalidade com os índios no Brasil.
A dança propriamente dita, é formada em círculos, uma imitação do combate indígena, com todos os negros cantando e dançado, tendo no centro Rei e a Rainha. No decorrer da dança, chegam os caboclinhos que tenta prender os lambe – sujos, os caboclinhos iniciam o combate e saem vencedores.
Uma vez derrotados, os lambe – sujos seguem pelas ruas da cidade aprisionados pelos caboclinhos, pedindo de casa em casa dinheiro para o pagamento pela sua liberdade.
CACUMBI - O Cacumbi é de influencia africana. Pertence ao chamado “Circulo do Rei do Congo” e já seria conhecido no Brasil, lá pelo ano de 1760 quando com o nome de “quicumbi” foi apresentado no Paço do Conselho em Salvador, para alegria de Dona Maria I e Dom Pedro III de Portugal.
É dançado somente por homens. Os trajes são simples: Calça Branca e camisa vistosa de laquê vermelho, azulão ou verde. Usam espadas ou chapéus enfeitados de espelhos.
A temática da dança é uma luta entre dois Reis.Um negro e outro indígena.
5 comentários:
É muito importante conheçermos um pouco mais da nossa cultura.
Boa essa iniciativa, disponibilizar um pouco da nossa história na internet.
Em Salvador existe um Centro Cultural Sergipano da Bahia, localizado à Av. Tancredo Neves,1.283, Sala 903, Ed. Omega, CEP 41.820.021. Gostaríamos de receber publicações com os eventos realizados em Sergipe, e, quem sabe, fazer um intercâmbio de informações culturais entre Bahia e Sergipe.
Possuimos um espaço ideal para lançamento de livros, revistas, noite de autógrafos.
Nosso telefone é 3341-7573
contato: Analice Barboza
Olá boa tarde me chamo Claudemir Andrade, trabalho com o deputado estadual Moritos Matos, estamos com um projeto de Leis tramitando na ALESE, sobre Turismo Religioso, Por conta disso estamos entrando em contato com algumas associações que trabalham com movimentos e manifestações culturais não só no âmbito Religioso mas que falem sobre a cultura, culimaria e crenças da região de cada município de Sergipe para aumentar o fluxo turístico naquela região. espero seu contato para mais informações (79)98891-1026.
Muito boa ideia.
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