quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Concursos Literários com inscrições abertas até 30/09/2008

Estão abertas, em todo o país, as inscrições para vários Concursos Literários.
Se você escreve poemas, poesias, contos e crônicas não perca a oportunidade de ter os seus trabalhos divulgados e ainda concorrer a prêmios que podem ser: a participação em Antologias e/ou premiação em dinheiro.

Segue abaixo a relação dos Concursos Literários que acontecerão até o dia 30/09/08. Qualquer dúvida sobre os editais entre em contato conosco e tentaremos esclarecê-la.
renata_mrs@hotmail.com
renatamaria.literatura@gmail.com

VII CONCURSO LITERÁRIO DE BENTO GONÇALVES - Inscrição até 05/09/2008

http://www.sesc.com.br/premiosesc/premioSESC2008_edital.pdf

CONCURSO NACIONAL DE POESIA HELENA KOLODY– Inscrição até 10/09/2008

http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=204

CONCURSO DE CONTOS NEWTON SAMPAIO – Inscrição até 10/09/2008

http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=205

II CONCURSO NACIONAL DE POESIA SOBRE O VINHO– Inscrição até 10/09/2008

http://thelmomattos.wordpress.com/2008/06/20/concurso-nacional-poesia-vinho/

PRÊMIO SESC DE LITERATURA 2008 – Inscrição até 15/09/2008

http://www.sesc-sc.com.br/noticias/?c=noticia&nid=681

4ª EDIÇÃO DO PRÊMIO JOSÉ MÁRCIO AYRES PARA JOVENS NATURALISTAS – Inscrição até 19/09/2008

http://www.portalconhecimento.com/Noticias/NoticiasDetalhes.aspx?NOTCOD=447

III VARAL DE POESIAS DA UNIFAMMA - Inscrição até 20/09/2008

http://www.editoradeleon.com.br/varal3.doc

1º CONCURSO DE POESIA SINTEPE EM HOMENAGEM A SOLANO TRINDADE - Inscrição até 22/09/2008

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=42563

CONCURSO INTERNACIONALIZANDO "O JOVEM ESCRITOR" - Inscrição até 29/09/2008

http://fabiofj.angelfire.com/CONCURSO2EDICAO.htm

Prêmio Afrânio Coutinho 2008 - Inscrição até 29/09/2008

http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=7335&sid=593

19º CONCURSO DE CONTOS PAULO LEMINSKI - Inscrição até 30/09/2008

http://www.unioeste.br/leminski/

2.º CONCURSO DE RESENHAS WHISNER FRAGA - Inscrição até 30/09/2008

http://www.alami.xpg.com.br/35.html

CONCURSO LITERÁRIO INTERNACIONAL PRÊMIO CIDADE DE CONSELHEIRO LAFAIETE 2008 – Inscrição até 30/09/2008

http://www.aclcl93.com.br/concurso.htm

2º. CONCURSO LITERÁRIO “CIDADE DE OURO BRANCO”– Inscrição até 30/09/2008

http://chamarteblogspotcom.blogspot.com/2008/08/ii-segundo-concurso-literrio-cidade-de.html

CONCURSO NACIONAL "EMOÇÕES EM PROSA & VERSO" – Inscrição até 30/09/2008
http://www.glan.com.br/page_Amizade%20em%20Prosa%20&%20Verso.html

Em breve, divulgaremos aqui as informações sobre os Concursos Literários com prazo de inscrição até 31 de OUTUBRO de 2008. AGUARDEM!!
Saudações literárias,
Renata Maria
renatamaria.literatura@gmail.com
renata_mrs@hotmail.com
(79) 8801-5105
Aracaju/SE

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Concursos Literários com inscrições abertas até 31/08/2008

Concursos Literários com inscrições abertas até 31/08/2008 - Por Renata MariaEstão abertas, em todo o país, as inscrições para vários Concursos Literários.Se você escreve poemas, poesias, contos e crônicas não perca a oportunidade de ter os seus trabalhos divulgados e ainda concorrer a prêmios que podem ser: a participação em Antologias e/ou premiação em dinheiro.Segue abaixo a relação dos Concursos Literários que acontecerão até o dia 31/08/08.

Acesse o links abaixo e conheça os editais:

www.redesergipedecultura.com.br

http://orebate-renatamariadossantos.blogspot.com/

Saudações literárias,

Renata Maria
renatamaria.literatura@gmail.com
renata_mrs@hotmail.com
(79) 8801-5105

quarta-feira, 9 de julho de 2008

CONCURSOS LITERÁRIOS COM INSCRIÇÕES ATÉ 31/07/2008

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional.
renatamaria.literatura@gmail.com
Estão abertas, em todo o país, as inscrições para vários Concursos Literários.

Se você escreve poemas, poesias, contos e crônicas não perca a oportunidade de ter os seus trabalhos divulgados e ainda concorrer a prêmios que podem ser: a participação em Antologias e/ou premiação em dinheiro.

Segue abaixo a relação dos Concursos Literários que acontecerão até o dia 31/07/08. Qualquer dúvida sobre os editais entre em contato conosco e tentaremos esclarecê-la.

renata_mrs@hotmail.com
renatamaria.literatura@gmail.com

PRÊMIO MAXIMIANO CAMPOS 2008 - Inscrição até 15/07/08
ObjetivoIncentivar a arte literária em língua portuguesa, mais especificamente a produção de contos.
PREMIAÇÃO:
1º Lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais) e 1 (um) kit IMC; PRÊMIO EXTRA: Neste ano de 2008, quando o IMC comemora os 40 ANOS DE PUBLICAÇÃO DE “SEM LEI NEM REI”. 10 ANOS SEM MAXIMIANO CAMPOS, o presidente do Instituto, Dr. Antônio Campos, para coroar a efeméride, resolveu concede, a este primeiro lugar, passagens e hospedagem, para a IV FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PORTO DE GALINHAS, que ocorrerá de 06 a 09 de novembro de 2008, com direito a acompanhante. 2º Lugar: R$ 2.000,00 (dois mil reais) e 1 (um) kit IMC.3º Lugar: R$ 1.000,00 (um mil reais) e 1 (um) kit IMC.*O kit IMC será composto por obras de Maximiano Campos, que há 10 anos partiu nos deixando um legado cultural e literário do qual faz parte o livro Sem Lei Nem Rei, que este ano completa 40 anos da sua primeira edição. Através desse legado, o IMC promove várias ações educativas. O kit inclui, ainda, 10 (dez) exemplares da coletânea a ser editada onde constará o conto premiado.Os demais classificados terão seus contos publicados na mesma coletânea que será lançada pelo IMC, em data a ser definida pela presidência do Instituto. Os classificados terão direito a cinco exemplares da obra.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.imcbr.org.br/premioconto2008.htm

IV CONCURSO NACIONAL DE CONTOS DE CORDEIRO TROFÉU MACHADO DE ASSIS – Inscrição até 18/07/2008

O IV Concurso Nacional de Contos de Cordeiro - Troféu Machado de Assis - é promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura e tem como finalidade estimular a produção literária, com caráter exclusivamente cultural, visando divulgar e prestigiar obras inéditas.
PREMIAÇÃO:
Primeiro lugar: Troféu Machado de Assis
Segundo lugar: Placa Machado de Assis
Terceiro lugar: Medalha Machado de Assis

 Menções Honrosas: Serão conferidas, a critério do corpo de jurados, de acordo com a qualidade literária dos contos concorrentes.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.cordeiro.rj.gov.br/imagens/REGULAMENTO%20IV%20CONCURSO%20CONTOS%20CORDEIRO.doc

I CONCURSO NACIONAL DE POESIAS DE CORDEIRO TROFÉU CECÍLIA MEIRELES - Inscrição até 18/07/08

O I Concurso Nacional de Poesia de Cordeiro - Troféu Cecília Meireles - é promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura e tem como finalidade estimular a produção literária, com caráter exclusivamente cultural, visando divulgar e prestigiar obras inéditas.
PREMIAÇÃO:
Primeiro lugar: Troféu Cecília Meireles
Segundo lugar: Placa Cecília Meireles
Terceiro lugar: Medalha Cecília Meireles

 Menções Honrosas: Serão conferidas, a critério do corpo de jurados, de acordo com a qualidade literária das poesias concorrentes.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.cordeiro.rj.gov.br/imagens/REGULAMENTO%20I%20CONCURSO%20POESIAS%20CORDEIRO.doc

PRÊMIO VIVALEITURA 2008 - Inscrição até 25/07/08
O Prêmio Vivaleitura foi criado por meio da Portaria Interministerial nº 214, de 23 de novembro de 2005, do Ministério da Cultura e do Ministério da Educação. A coordenação e execução do Prêmio Vivaleitura estão a cargo da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura – OEI, em conjunto com o Ministério da Cultura e do Ministério da Educação.
O Prêmio Vivaleitura tem por objetivo estimular e fomentar a leitura e a formação educacional, bem como reconhecer boas práticas de leitura. O Prêmio Vivaleitura faz parte do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL).
PREMIAÇÃO:
A premiação é de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) concedidos a cada um dos três vencedores (um em cada categoria), às custas da Fundação Santillana.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.premiovivaleitura.org.br/default1.asp?page=regulamento/regulamento.asp

I CONCURSO CALEIDOSCÓPIO DE POESIA - Inscrição até 30/07/08
O Projeto Poesia Pública convida todos os poetas a participarem do I Concurso Caleidoscópio de Poesia, que tem por objetivo expandir os horizontes das artes poéticas e dar oportunidade aos poetas de mostrarem seus trabalhos e valorizá-los por aquilo que fazem.
PREMIAÇÃO:
1º Classificado: R$ 200 (duzentos reais), certificado de primeiro lugar e os três livros da Coleção Passaredo.2º Classificado: R$ 100 (cem reais), certificado de Mensão Honrosa e os três livros da Coleção Passaredo.Demais classificados até o 10º: certificado de Mensão Honrosa e um livro da Coleção Passaredo.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.meiotom.art.br/conlite8cale.htm

XIII CONCURSO DE PROSA “Prêmio Jornalista José Carlos Chiarion”- Inscrição até 31/07/08
Poderão participar escritores, brasileiros ou não, desde que os trabalhos sejam apresentados em língua portuguesa.
PREMIAÇÃO:
Serão premiados dez trabalhos, cabendo aos três primeiros colocados: troféu, diploma e participação gratuita na antologia de vencedores. Do 4º ao 10º colocado, receberão diplomas de menções honrosas. Os demais autores selecionados serão convidados a participar da edição da antologia, em regime de cooperativa. Poderá haver ainda menções especiais a critério da comissão julgadora. Os prêmios serão atribuídos em sessão solene em data e horário que serão divulgados posteriormente.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.asesbp.com.br/

IX CONCURSO DE PROSA “Prêmio Professora Teresinha Dutra Megale”- Inscrição até 31/07/08
Poderão participar escritores, brasileiros ou não, desde que os trabalhos sejam apresentados em língua portuguesa.
PREMIAÇÃO:
Serão premiadas dez poesias, cabendo aos três primeiros colocados troféu, diploma e participação gratuita na antologia de vencedores. Diplomas de menções honrosas do 4º ao 10º colocado, podendo haver menções especiais a critério da comissão julgadora. Os demais classificados serão convidados a participar da antologia de vencedores, em regime de cooperativa. Os prêmios serão atribuídos em sessão solene em data e horário que serão divulgados posteriormente.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.asesbp.com.br/

9º CONCURSO LITERÁRIO DA FUNDAÇÃO CULTURAL DE CANOAS – Inscrição até 31/07/2008
Poderão inscrever-se autores do Brasil e de qualquer nacionalidade, desde que enviem o texto em português (Brasil) nos gêneros conto, crônica e poesia.
PREMIAÇÃO:
O primeiro colocado de cada gênero receberá 100 (cem) exemplares da coletânea que será editada com os trabalhos premiados; o segundo, 50 (cinqüenta); o terceiro 30 (trinta) e as três menções honrosas de cada categoria, 5 (cinco) exemplares. Todos os participantes receberão certificado de participação.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.fundacan.com.br/literatura/clitslpr.html

PRÊMIO BANG! PARA A LITERATURA FANTÁSTICA - Inscrição até 31/07/08
O Prémio Bang! para Literatura Fantástica, instituído pela editora Saída de Emergência, é um prémio anual e pretende divulgar obras portuguesas dentro do género denominado literatura fantástica. A literatura fantástica inclui géneros tão diferentes como a fantasia, a ficção científica, a história alternativa, o horror ou o realismo mágico. Para ver alguns exemplos de livros destes géneros, visite a Colecção Bang! da Saída de Emergência.
PREMIAÇÃO:
A obra premiada será publicada pela editora Saída de Emergência durante o ano de 2009 e o autor receberá um prémio de 1500 Euros aquando da cerimónia de atribuição do prémio.
Veja o edital completo abaixo:
http://www.saidadeemergencia.com/uploads/articles/Prémio%20Bang!%202008.doc

Em breve, divulgaremos aqui as informações sobre os Concursos Literários com prazo de inscrição até 31 de AGOSTO de 2008. AGUARDEM!!

Saudações literárias,
Renata Maria
renatamaria.literatura@gmail.com
renata_mrs@hotmail.com

A RIQUEZA DOS GRUPOS FOLCLÓRICOS DE SERGIPE

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional.
renatamaria.literatura@gmail.com
Especial Folclore: A riqueza dos grupos de Sergipe

Por Janaina Cruz, publicado em agosto de 2005 no Portal InfoNet

São Gonçalo é um dos muitos grupos de LaranjeirasDança, música, literatura, comida, roupas, artesanato. Será que tudo isso tem a ver com o folclore? Tem sim, já que o termo, tão proclamado durante este mês, nasceu da junção de duas palavras em inglês: folk (povo) mais lore (conhecimento). São Gonçalo, Reisado, Bacamarteiro, Samba de Pareia. O que são? Como nasceram? O que festejam? Será que estes e outros grupos podem ser considerados a manifestação folclórica mais marcante de Sergipe? Quem responde é a antropóloga e professora aposentada da Universidade Federal de Sergipe, Beatriz Góis Dantas.
“Somos, muitas vezes, levados a ver o folclore como as danças e os folguedos. Mas o folclore é algo muito mais abrangente às concepções de mundo, formas de artesanato, de trabalho, de confecção de instrumentos, de linguagem. Porém, as danças e os folguedos têm mais visibilidade. Talvez por terem a indumentária, a coreografia, a música. Reúnem uma série de elementos. E nesse ponto Sergipe é rico”, opina Beatriz.
Antes de falar como surgiram ou da importância dos mesmos, é bom explicar que os grupos podem ser divididos em folclóricos e pára-folclóricos. A diretora de Cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da cidade de Laranjeiras, Isaura Oliveira, explica que os grupos folclóricos nasceram espontaneamente, com a colonização de cidades, e foram se perpetuando ao longo dos anos.
“Os pára-folclóricos são criados por instituições ou pessoas para retomar grupos antigos que foram desativados”, acrescenta. E neste contexto se enquadram os grupos mirins e de idosos. Também há uma grande diferença entre danças e folguedos. De acordo com a professora, historiadora e atual coordenadora do Centro de Criatividade, Aglaé Fontes, “alguns folguedos vieram de autos ou representações que, surgidas da Idade Média, foram se transformando com o tempo”.

Aglaé Fontes diferencia folguedos de dançasEm seu livro “Danças e Folguedos”, lançado em 2003, Aglaé esclarece que os folguedos, geralmente, têm personagens definidos, trajes apropriados, cantos e instrumentos, como o Reisado, o São Gonçalo e a Chegança. Já os cantos e danças também vieram de rituais que se constituem formas de representações teatrais, mas, às vezes, foram perdendo o contexto dramático, a exemplo do Samba de Coco e Batucadas.
HERANÇA – Não importa se é uma dança ou um folguedo. O fato é que os dois tipos de manifestações folclóricas apresentam aspectos medievais trazidos pelos portugueses, lembram rituais africanos ou ainda preservam algumas tradições indígenas. O aspecto religioso é outra característica bastante forte nos grupos.
A missa das Taieiras, em Laranjeiras, está ligada à Festa de Reis, que acontece em janeiro em louvor à Nossa do Rosário e São Benedito. Nesse grupo, a influência negra direciona a forma de louvar, dançar e festejar. No Guerreiro, apesar da forte presença portuguesa, percebe-se o batuque indígena e a figura do índio Peri.

Reisado faz parte do ciclo natalinoO Reisado, folguedo de influência portuguesa, está ligado ao Ciclo Natalino. Na Chegança, cristãos e mouros se enfrentam, numa “guerra” feita de cantos e embaixadas, na qual os mouros são vencidos e a fé cristã é exaltada.
“As danças do nosso folclore, sejam elas simples ou folguedos, apresentam uma integração tão grande que podemos até identificar uma ou mais influências que se cruzaram, ganhando uma nova forma”, ressalta Aglaé Fontes.
Nas danças de influência africana a presença das palmas, sapateados, batuques e requebros são evidentes. Quando a influência é indígena, são comuns a formação em círculos, as palmas, o canto nasalado e a melodia repetitiva.
A DATA – A palavra folclore foi criada por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que em 22 de agosto de 1846 publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, com a reforma ortográfica de 1934, foi eliminada a letra k e a palavra perdeu também o hífen. Só em 1965, através de um decreto federal, o Brasil passou a comemorar o Dia do Folclore.

Fonte: INFONET

CENTENÁRIO DE LEITE NETO - PENSADOR, INTELECTUAL E POLÍTICO

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com

Por Luís Antônio Barreto

Francisco Leite Neto, filho de Silvio César Leite e de Lourença Rollemberg Leite, nasceu em Riachuelo, em 14 de março de 1907. Sua família, numerosa e importante, carregava dois imponentes sobrenomes: Leite, de Riachuelo, e Rollemberg, de Itaporanga e de Japaratuba. Entre os tios, de sobrenome Leite, Augusto César Leite pontificou na medicina, com incursão vitoriosa na política, e Júlio César Leite, na atividade industrial e também na política, como senador da República.

Entre os irmãos, ostentando o Rollemberg como neto do senador e Barão de Japaratuba, e sendo, ainda, bisneto do Barão de Estância, se destacaram, no seu tempo, José Rollemberg Leite, engenheiro, professor, governador do Estado por duas vezes, Gonçalo Rollemberg Leite, advogado, professor e jornalista, Alfredo Rollemberg Leite, jornalista, político e advogado, Márcio Rollemberg Leite, intelectual.
Estudou as primeiras letras em escolas particulares, em Riachuelo e em Aracaju, fazendo o curso secundário no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora, passando pelo Colégio Tobias Barreto, e pelo Colégio Antonio Vieira, dos Jesuítas, em Salvador, na Bahia. Permaneceu na Bahia, bacharelando-se na Faculdade de Direito, regressando para Sergipe, fixando-se em Aracaju, onde iniciou sua carreira de avogado e pensador do Direito, como Diretor da Penitenciária Modelo, construída em 1926, pelo Governo Graccho Cardoso.
Na direção da Penitenciária, o bacharel Francisco Leite Neto acompanhou a evolução dos debates sobre a delinqüência, o sistema penal, a legislação e as novas correntes científicas que atraíam, cada vez mais, adeptos. Por motivos políticos, durante o Governo Eronides de Carvalho, foi exonerado da direção da Penitenciária, protestando publicamente, recorrendo ao Poder Judiciário, através de Mandado de Segurança, defendendo a exigência tecno-científica do cargo, criado pela lei 943, de 9 de outubro de 1926.
Francisco Leite Neto foi eleito para a Assembléia Constituinte Estadual, que sob a presidência de Pedro Diniz Gonçalves Filho redigiu a Constituição do Estado de Sergipe, promulgada em 16 de julho de 1935. Francisco Leite Neto foi eleito pelo Partido Republicano de Sergipe, fundado pelo seu sogro, Antonio Manoel de Carvalho Neto, intelectual e político de renome nacional, para fortalecer a liderança do Interventor Augusto Maynard Gomes, contando com outras lideranças, da capital e do interior do Estado.
A convivência com Carvalho Neto e com Augusto Maynard Gomes levou Francisco Leite Neto ao centro do Poder estadual. Com o Estado Novo que fecha a Assembléia e transforma o governador Eronides de Carvalho em Interventor Federal, Francisco Leite Neto retorna à direção da Penitenciária, permancendo ali até 1938. Em 1941, com o retorno de Augusto Maynard Gomes ao Governo assume a Secretaria Geral, permanecendo até 1945, quando teve a oportunidade de assumir a chefia do executivo estadual.
Com a redemocratização de 1945 ingressa no PSD – Partido Social Democrático, e é eleito deputado federal, assumindo a condição de líder político, que leva seu partido, em coligação com o Partido Republicano, liderado pelo seu tio Júlio Leite e seu primo Armando Rollemberg, ao Governo do Estado, por dois mandatos, o primeiro com José Rollemberg Leite, seu irmão (1947-1951), o segundo com Arnaldo Rollemberg Garcez, que apesar do Rollemberg no nome, não era seu parente. Começa as suas atividades como professor, ensinando Economia Política e Ciências das Finanças, no curso técnico da Escola de Comércio.
Em 1950 é reeleito deputado federal e concilia suas atividades políticas, com a cátedra de Ciências das Finanças, na Faculdade de Direito de Sergipe. Em 1954 ganha novo mandato de deputado federal e em 1958 repete o feito, passando 16 anos como deputado federal, destacando-se nas Comissões Técnicas, notadamente nas de Orçamento e de Finanças. Em 1962 é eleito senador da República.
Ao longo das atividades públicas, Francisco Leite Neto publicou diversos livros, dentre eles: Política, doutrina e crítica (Bahia: Gráfica Popular, 1933), Sergipe e seus problemas (Rio de Janeiro: Tipografia do Jornal do Comércio, 1937), reunindo os ensaios Sergipe, o Nordeste e o banditismo, Causas do banditismo, A Penitenciária de Sergipe, Menores, abandonados e delinqüentes e A liberdade nos Parlamentos, Orações provincianas (Aracaju: Casa Ávila, 1940), reunindo A mocidade e os problemas da economia nacional, Tobias Barreto, jurista e filósofo, O Duque de Caxias e o Dia do Soldado, Estudos e Afirmações (Aracaju: Livraria Regina, 1943), A disseminação das rendas na Constituição de 1946 e Pareceres nas Comissões de Finanças e Orçamento da Câmara dos Deputados – 1948-1962.
Casado desde 1933 com Alina Carvalho Leite, conhecida como D. Celina, filha do deputado Carvalho Neto, Francisco Leite Neto entrou para a Academia Sergipana de Letras, na Cadeira 23, vaga com a morte de Prado Sampaio, tomando posse em 23 de julho de 1942, sendo recebido no sodalício por Garcia Moreno. Francisco Leite Neto foi, também, orador do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e faleceu em 10 de dezembro de 1964, aos 57 anos, deixando um exemplo de preparo, liderança, produção intelectual, contribuindo para a história jurídica, política e cultural de Sergipe.


Fonte: INFONET

A HISTORIOGRAFIA DE MARIA THETIS NUNES

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com


Por Luiz Antônio Barreto

Maria Thetis Nunes tem uma bibliografia de mais de uma dezena de livros, complementada com uma grande série de artigos e de pequenos ensaios, publicados principalmente na Revista da UFS, no Caderno de Cultura do Estudante, na Momento, revista da Gazeta de Sergipe, na Revista da Academia Sergipana de Letras, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, dentre outras, produzida em 50 anos, com a qual revisita o repertório acumulado de cinco séculos de documentos, informações, dados, fontes da história.
Ela fundou sua opção de cátedra com a consciência de que havia em Sergipe de 1945, um vácuo na produção intelectual de temática histórica, por conta da morte de Carvalho Lima Júnior, Clodomir Silva e Manoel dos Passos de Oliveira Teles. Não apenas estes bravos pesquisadores, mas outros mortos, como Felisbelo Freire, Ivo do Prado, Prado Sampaio, empobreceram a atividade investigativa e crítica sergipana, e faziam imensa falta.

Acesse o artigo completo: INFONET

V CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA UFS, DE 09/11/2008 A 12/11/2008

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com


A Sociedade Brasileira de História da Educação realiza bienalmente, desde o ano 2000, congressos que reúnem pesquisadores e estudantes, brasileiros e estrangeiros, interessados nessa área de estudos, os quais têm encontrado, nesses eventos, oportunidades de intercâmbio acadêmico e estabelecimento de novos circuitos de trocas e investimentos em projetos científicos comuns.
Neste ano de 2008, estamos realizando o V Congresso Brasileiro de História da Educação, que ocorrerá na cidade de Aracaju, entre os dias 9 e 12 de novembro, cumprindo a deliberação dos sócios reunidos na assembléia geral que encerrou o IV Congresso, em Goiânia, no ano de 2006.
O tema geral desse evento – O Ensino e a Pesquisa em História da Educação – propõe uma reflexão a respeito das necessárias ligações entre o trabalho de investigação histórica da educação e a docência da disciplina que se construiu como parte integrante da formação de professores.

Programação

DIA 09/11 - DOMINGOTeatro Tobias Barreto (Avenida Tancredo Neves, s/n - Distrito Industrial)
17h00
Sessão de Abertura
18h30
Conferência de Abertura: O ensino e a pesquisa em História da Educação: desafios atuaisCoordenação: Profa. Dra. Claudia Alves (UFF – Presidente da SBHE)Conferencista: Prof. Dr. Manuel Ferraz Lorenzo (Universidad de La Laguna - Espanha)
Dia 10/11 - SEGUNDA-FEIRA
08h00 às 09h15
Mini-Cursos
Teatro Padre Melo (Campus Farolândia da UNIT)
09h30 às 12h00
Mesa Redonda: Ensino e Pesquisa em História da EducaçãoCoordenação: Prof. Elomar Tambara (UFPel)Palestrantes: Prof. Dr. Miguel Pereyra (Universidad de Granada - Espanha)Profa. Dra. Clarice Nunes (UFF)Profa. Dra. Cristina Gouveia (UFMG)
Teatro Padre Arnóbio (Campus Farolândia da UNIT)
09h30 às 12h00
Mesa Redonda: Memória, História e Prática DocenteCoordenação: Profa. Dra. Ester Fraga Vilas-Boas Carvalho do Nascimento (UNIT)Palestrantes: Prof. Dr. Karl Lorenz (Sacred Heart University – USA)Profa. Dra. Diana Gonçalves Vidal (USP)Profa. Dra. Maria Juraci Cavalcante Maia (UFC)
13h30 às 16h30
Sessões de Comunicação
16h45 às 19h15
Comunicações Coordenadas
21h00
Jantar por adesão
Dia 11/11 - TERÇA-FEIRA
08h00 às 09h15
Mini-Cursos
Teatro Padre Melo (Campus Farolândia da UNIT)
09h30 às 12h00
Mesa Redonda: O público e o Privado na História da EducaçãoCoordenação: Profa. Dra. Rosa Lydia Corrêa Teixeira (PUCPR)Palestrantes: Prof. Dr. Joaquim Pintassilgo (Universidade de Lisboa)Prof. Dr. Wenceslau Gonçalves Neto (UFU)Profa. Dra.Lílian Anna Wachowicz (UFPR)
Teatro Padre Arnóbio (Campus Farolândia da UNIT)
09h30 às 12h00
Mesa Redonda: Cultura, Sociedade e EscolaCoordenação: Profa. Dra. Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (UFS)Palestrantes: Prof. Dr. Jaime Caiceo Escudero (Universidad de Tarapacá – Santiago de Chile)Profa. Dra. Vera Valdemarin (UNESP)Porf. Dr. Nicanor Palhares Sá (UFMT)
13h30 às 16h30
Sessões de Comunicação
16h45 às 19h15
Assembléia da SBHE
19h15
Lançamento de livros
Dia 12/11 - QUARTA-FEIRA
08h00 às 09h15
Mini-Cursos
Teatro Padre Melo (Campus Farolândia da UNIT)
09h30 às 12h00
Comunicações Coordenadas
13h30 às 16h30
Sessões de Comunicação
16h45 às 18h00
Conferência de Encerramento: Por que ensinar História da Educação?Coordenação: Prof. Dr. Jorge Carvalho do Nascimento (UFS)Conferencista: Profa. Dra. Eliane Marta Teixeira Lopes (UFMG)

Fonte: VCBHE

4º ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFS

4º ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFS

A Coordenação de Pós-Graduação/POSGRAP informa que estão abertas, até o dia 25 de julho, as submissões de trabalhos para o 4º Encontro de Pós-Graduação, que acontecerá na UFS, no período de 09 a 12 de setembro.
1. Público-alvo:
Estudantes da pós-graduação stricto sensu e lato sensu e seus respectivos Professores-orientadores e da UFS, que estejam cursando (em 2008) ou que tenham concluído seus cursos a partir de 2007.
2. Submissão de trabalhos
2.1. Cada proponente poderá participar como primeiro autor de um único trabalho, podendo constar como co-autor em até dois outros trabalhos. Essa regra também é válida para os professores-orientadores.
2.2. Os resumos devem conter: 1) título; 2) nome e vinculação institucional abreviada do autor; 3) nomes e vinculações institucionais dos co-autores; 4) Resumo do trabalho em até 20 linhas, contendo breve descrição dos objetivos, metodologia utilizada e principais resultados da pesquisa/estudo.
O resumo deve ser apresentado em editor Word, fonte Times 12, espaço 1, sem formatações adicionais.
3. Local de Inscrição e submissão de trabalhos:
Os resumos devem ser submetidos em arquivo eletrônico gravado em CD, através de preenchimento de Formulário disponível no site www.posgrap.ufs.br/encontro2008, e entregues na Coordenação de Pós-Graduação (Prédio da Reitoria, 1º andar, Campus São Cristóvão), impreterivelmente até às 17 horas do dia 25 de julho.
Os resumos serão publicados nos Anais do evento, em CD-ROM; e os Trabalhos completos poderão ser submetidos para publicação na Revista da Associação Sergipana de Ciência, Scientia Plena (www.scientiaplena.org.br)
4. Enquadramento
A depender do número de trabalhos inscritos, os mesmos poderão ser enquadrados pela Comissão Científica do evento, e de acordo com análise de mérito, em apresentação Oral ou em Painel.
5. Informações adicionais estarão disponíveis no site www.posgrap.ufs.br/encontro2008

VI SEMANA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DA UFS, DE 28/07/2008 a 31/07/2008.

VI SEMANA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DA UFS, DE 28/07/2008 a 31/07/2008.

OBJETIVOS:
*Discutir questões relacionadas à formação do pedagogo na contemporaneidade;
*Refletir a partir das teorias, as práticas desenvolvidas nas escolas, buscando a superação dos problemas de aprendizagem;
*Ampliar o debate sobre a inclusão dos diferentes;
*Refletir sobre a inclusão das Tecnologias da Informação e da Comunicação na formação docente.

PROGRAMAÇÃO:


Dia 28/07
15 às 19h – Credenciamento19h – Solenidade de Abertura20h – Conferência de abertura: A Formação do educador : desafios políticos e pedagógicosConferencista: Profa. Dra. Regina Leite Garcia - UFFCoordenação: Profa. Dra. Dilma Maria Andrade de Oliveira - UFSLocal : Auditório da Reitoria da UFS


Dia 29/07
Mesa-redonda14h – Educação e DiversidadePalestrantes: Prof. Dr. José Geraldo Silveira Bueno - PUC-SP Prof. Dr. Antônio Vital Menezes de Souza - UFS Coordenação: Profa. Drda. Iara Maria Campelo - UFSLocal : Auditório da Reitoria da UFS
Mesa-redonda18h – Política de Educação para a InfânciaPalestrantes : Profa Dra. Rita Coelho - MECProfa. Dra. Maria Cristina Martins - UFSRepresentante da SEMEDCoordenação: Profa. Drda. Iolanda Dantas de Oliveira - UFSLocal : Auditório da Reitoria da UFS

Dia 30/07
14h – Sessões de Comunicação
Educação e Inclusão Coordenadores: Prof. Valtênio Paes de Andrade - UFS Profa. Drda. Iara Maria Campelo Lima - UFSAvaliação e Currículo Coordenador: Prof. Dr. Miguel André Berger - UFSProf. Dr. Paulo Heimar Souto - UFSPolíticas de Formação docente Coordenadores: Prof. Dra. Wilma Porto de Prior - UFS Profa. Dra. Silvana Aparecida Bretas - UFSMovimentos Sociais Trabalho e Educação Coordenadores: Profa. Dra. Sônia Meire Santos Azevedo de Jesus - UFSProfa. Dra. Solange Lacks - UFSSaberes da Prática Docente Coordenadores: Profa. Dra. Veleida Anahí da Silva - UFS Profa. Dra. Ana Maria Freitas Teixeira - UFSHistória, Historiografia e formação docente Coordenadores: Profa. Dra. Anamaria Goncalves Bueno de Freitas- UFSProfa. Dra. Maria José Nascimento Soares - UFSProfa. Dra. Dilma Maria Andrade de Oliveira - UFSAlfabetização : concepções e práticas Coordenadores: Profa. Drda. Lianna de Melo Torres - UFSProfa. Dra. Verônica dos Reis Mariano Souza - UFSPolíticas Públicas para a InfânciaCoordenadores: Profa. Dra. Maria Cristina Martins - UFSProfa. Drda. Iolanda Dantas Oliveira - UFSLivro didático e História das disciplinas escolares Coordenadores: Prof. Dr. Itamar Freitas - UFSProfa Dra. Eva Maria Siqueira Alves - UFSTecnologias da informação e da comunicação aplicadas à educação Coordenadores: Prof. Dr. Florisvaldo Silva Rocha - UFSProfa. Msc. Jovanka Praciano I. L. Sandes- UFSFundamentos da formação na Educação Básica Coordenadores: Profa. Dra. Rosemeri Melo e Souza - UFSProfa. Dra. Maria Inêz Oliveira de Araújo - UFSEducação à distância e formação docente Coordenadores: Profa. Dra. Maria Neide Sobral - UFSProf. Dr. Henrique Schneider - UFSFilosofia da Educação Coordenadores: Prof. Dr. Edmilson Menezes - UFSProfa. Dra. Sônia Barreto Freire - UFSEducação e GêneroCordenadora: Profa. Dra. Maria Helena Santana Cruz - UFS
18h – Mesa redonda – Mídias e Formação Docente Palestrante: Profa. Dra. Lilian França - UFSProf. Dr. Florisvaldo Silva Rocha - UFSProf. Dr. Luís Paulo Leopoldo Mercado - UFALCoordenação: Profa. Dra. Maria Neide Sobral - UFSLocal : Auditório da Reitoria da UFS

Dia 31/07
Mesa Redonda14h - Formação do pedagogo: espaços de atuação profissionalPalestrantes: Representantes da Secretaria da Educação do Estado de Sergipe, Secretaria Municipal de Educação de Aracaju e Departamento de EducaçãoCoordenação: Profa. Dra. Dilma Maria de Oliveira Andrade - UFSLocal : Auditório da Reitoria da UFS
18h – Encerramento das atividadesLançamentos de LivrosApresentação culturalLocal : Auditório e Hall da Reitoria da UFS

Fonte: http://www.ufs.br/ded40/programacao_28_07.html

quarta-feira, 16 de abril de 2008

V CURSO DE EXTENSÃO DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/UFS - "MODELOS DE HISTÓRIA CULTURAL

V CURSO DE EXTENSÃO DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/UFS - "MODELOS DE HISTÓRIA CULTURAL"

Local: Museu do Homem Sergipano - Rua Estância, 228 - Centro - Aracaju/SE - Telefone: (79) 3211-5798
Apresentação: O diálogo com a História Cultural, redescoberta na década de 70 do século vinte, e as variedades de objetos e métodos de estudo, vêm ganhando relevo nas produções historiográficas e se constituem, por essa razão, o ponto central de articulação deste Curso de Extensão. Os diferentes modelos de História Cultural apontam para uma extensa e variada produção que suscita, entre os historiadores, simpatias e críticas que caracterizam as diferenças, os conflitos, os debates, e, também, os interesses e tradições compartilhados que regem e constituem a dinâmica do campo. De uma forma geral, a história da História Cultural "pode ser dividida em quatro fases: a fase clássica, que tem seu início no final do século XVIII; a fase da história social da arte, que começou na década de 1930; a descoberta da cultura popular, na década de 1960; e a nova história cultural" (BURKE, 2005, p. 15). Divisões estas não tão claras à época e que merecem atenção pela necessidade de se identificar as diferentes tradições que sustentam os trabalhos dos historiadores culturais. A organização deste curso consistirá na realização das reuniões quinzenais nas quais serão apresentadas Modelos de História Cultural por professores pesquisadores que vêm se conduzindo suas investigações por essas perspectivas de análise. O Curso é destinado aos alunos do Curso de Graduação em História, professores de História, pesquisadores e a todos que queiram participar dos debates. Calendário de Conferências: 23/04 - Tema: Gilberto Freyre como precursor da História Cultural Prof. Dr. Francisco José Alves (DHI/UFS) 07/05 - Tema: Norbert Elias, Historiador da Cultura Prof. Dr. Jorge Carvalho do Nascimento (DHI/UFS) 21/05 - Tema: A História Cultural e os Estudos Biográficos Profª. Drª. Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (DED/UFS) 04/06 - Tema: A História Cultura segundo Chartier Prof. Dr. Luiz Eduardo Meneses Oliveira (DLE/UFS) 18/06 - Tema: Pierre Bourdieu, a História Cultural e a pesquisa em História da Educação Profª. Msc. Evelyn de Almeida Orlando (DHI/UFS) 02/07 - Tema: Stuart Hall e o conceito de "cultura popular negra" Prof. Dr. Petrônio Domingues (DHI/UFS) 16/07 - Tema: A Psicologia Histórica de Jean-Pierre Vernant Prof. Dr. Alfredo Julien (DHI/UFS) 30/07 - Tema: Bakhitin: História e Literatura Prof. Dr. Fábio Maza (DHI/UFS) 06/08 - Tema: O Materialismo Histórico de Raymond Williams Prof. Dr. Fernando Sá (DHI/UFS) 20/08 - Tema: "Protagonistas anônimos" da História e "comunidades": reflexões teórico-metodológicas a partir da obra de Giovanni Levi Prof. Dr. Antônio Lindvaldo Sousa (DHI/UFS) Objetivos: Oferecer a graduandos e graduados em História, subsídios para reflexão do ponto de vista teórico-metodológico no exercício da pesquisa histórica. Complementar a formação de graduandos e graduados em História, aprofundando a História Cultural, teoria que vem ganhando relevo nas últimas décadas no campo acadêmico. Fomentar a investigação científica, contribuindo com o professor-pesquisador em suas produções historiográficas. Informações: O Curso terá carga horária de 30 horas e a obtenção do certificado estará condicionada à freqüência mínima de 75% da carga horária total. A periodicidade dos encontros será quinzenal. Horário: 15 às 18 horas Inscrições e informações: Secretaria do DHI 08h às 12h; 14h às 17:30 Telefone: (79) 2105-6739 Valor da inscrição: R$ 25,00 até 10/04/08 R$ 30,00 até 07/05/08 Realização: Universidade Federal de Sergipe Departamento de História Organização e coordenação: Prof. Dr. Fábio Maza Profª. Msc. Evelyn de Almeida Orlando Prof. Msc. Luiz Eduardo Pina Lima Apoio: ANPUH/SE Museu do Homem Sergipano Diretório Acadêmico Livre de História .

UFS - III Semana de Estudos da Graduação começa dia 10/6

III Semana de Estudos da Graduação começa dia 10/6



A III Semana de Estudos da Graduação (III Segrad) tem como tema "40 anos de UFS: trajetórias e perspectivas". Partindo da realidade universitária, o evento pretende buscar alternativas para integração dos diferentes saberes e suas contribuições para o campo de formação, permitindo desse modo o avanço da ciência e a melhoria do ensino de graduação da UFS.Os professores e chefes de departamento têm até o dia 14/4 para encaminharem sugestões de mesa-redonda, palestra e minicurso. O período para inscrição de trabalhos (normas na página da Segrad (www.ufs.br/segrad) é de 28/4 à 13/5, e no dia 29/5 haverá a divulgação dos trabalhos aprovados.A semana dispõe também de atividades como mesas-redondas, minicursos, palestras e oficinas.


De 10/06 a 13/06/2008


Programação10/67h30 - Abertura10h - Conferência de Abertura: 40 anos de UFS: trajetórias e perspectivas13h às 15h - Minicursos15h30 - Mesa redonda: O papel histórico dos centros na construção da Universidade Federal de Sergipe19h às 21h - Minicursos11/68h - Palestras e mesa-redonda10h - Minicursos e oficinas13h às 15h - Minicursos e oficinas16h - Comunicação oral19h às 21h - Palestras e minicursos12/68h - Palestras e mesa-redonda10h - Minicursos e oficinas13h às 15h - Minicursos e oficinas16h às 18h - Comunicação oral18h30 - Atividade cultural e lançamento de livros19h às 21h - Palestras e minicursos13/68h às 10h - V Seminário de Monitoria15h às 17h - Palestra de encerramento17h - Atividade cultural e entrega de certificados.


Organização: Departamento de Apoio-Pedagógico (Deape). Contato: 2105 6456/6457

Fonte: www.ufs.br

CORDEL, O GRITO POPULAR

GILFRANCISCO: jornalista, professor da Faculdade São Luís de França e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. gilfrancisco.santos@gmail.com

Na Idade Média, quando ler e escrever eram privilégio de monges e de poucos nobres, os fatos e acontecimentos mais importantes da vida social perpetuavam-se pela poesia popular. E então era os Castelos sombrios dos senhores feudais o palco comum em que se cantavam os feitos, a bravura e o amor dos cavaleiros da sociedade medieval. Portanto os inícios da literatura de cordel estão ligados à divulgação de histórias tradicionais, narrativas de velhas épocas, que a memória popular foi conservando e transmitindo: são chamados romances ou novelas de cavalaria, de amor, de narrativas de guerra ou viagens ou conquistas marítimas. Mas ao mesmo tempo, ou quase ao mesmo tempo, também começou a aparecer no mesmo tipo de poesia e de apresentação, a descrição de fatos recentes, de acontecimentos sociais que prendiam a atenção da população.
O primeiro estudioso brasileiro a indicar essas fontes, para as narrativas em versos e registros de fatos memoráveis em folhetos, foi nosso mestre, Luis da Câmara Cascudo (1898-1986), em vários livros e ensaios. Produziu uma obra fundamental para os estudos etnográficos e antropológicos no Brasil. Literatura de Cordel, denominação dada em Portugal e difundida no Brasil pelos colonizadores, é poesia popular, é história contada em versos, em estrofes a rimar, escrita em papel comum feita pra ler ou cantar. A capa do folheto é feita em xilogravura, trabalho artesão que esculpe em madeira um desenho com porção preparando a matriz para fazer reprodução.

Literatura de Cordel, denominaçãqo que se deve ao fato de os folhetos ficarem expostos à venda dependurados em barbantes ou cordéis como ainda acontece em certos pontos do Brasil, já nos veio de Portugal – onde anteriormente existiam as “folhas volantes” ou “folhas soltas” – (na Espanha, a literatura de cordel era chamada de pliegos sueltos), e se apresenta desde há muito com características peculiares à nossa realidade, conservando alguns traços dos tradicionais romances que nos trouxeram os colonizadores.

Os folhetos falam dos acontecimentos, do amor, luta e mistério, de fé e do desassistido. Mas, graças às recomendações do Ministério da Educação para que os professores de língua portuguesa também abordem o tema em suas aulas, é que têm sido publicados muitos livros sobre literatura de cordel, bem como centenas de folhetos. Seguindo essa tradição nordestina, e utilizando o Cordel como um instrumento pedagógico na sala de aula, é que o poeta e professor santabarbarense (BA), Antonio Carlos de Oliveira Barreto, tem publicado vários folhetos voltados para a Educação, tais como: Uma experiência de cordel na sala de aula; A história do aluno preguiçoso que não gostava de estudar; Aula de Barroco em Cordel, A peleja da Sabedoria com a Internet; Discutindo a Lei 10.639 na sala de aula; Reflexões Pedagógicas nas trilhas de Alicia Fernandez; O aluno que não queria crescer; O patinho feio nas ondas da Internet; Carta ao presidente Lula pedindo a inclusão do Cordel na sala de aula; O valor da Arte na Educação; A consciência ecológica que os nosso filhos precisam ter; Detalhes da escravidão em Casa Grande & Senzala; Mentiras que o povo gosta em época de eleição; O aluno que vivia a 1000 por hora ( um caso de hiperatividade) e tantos outros. Todos publicados pelas Edições Akadicadikum, (acobar@bol.com.br) .

Literatura oral – Esse termo foi criado por Paul Sébillot (1846-1918) no seu Litérature Orale de la Haute Bretagne, 1881, onde reúne contos, lendas, mitos, advinhações culturais, de fundo literário, transmitidas por processos não gráficos. As formas conservadas escritas e mesmo registradas são sempre minoria, como meio de circulação temática. Assim Literatura Oral compreende dança e canto e mesmo os autos populares, conservados pelos povos oralmente, embora conheçamos fontes impressas.

O mito na história da civilização é um conjunto de lendas e narrações que referem personagens e acontecimentos anteriores aos fatos históricos conhecidos e que, por isso mesmo, se entretecem com episódios maravilhosos e fantásticos. Há muitos cosmogônicos, divinos, heróicos: os primeiros são tentativas de explicação do aparecimento do universo, e, principalmente, do homem no mundo; os segundos se referem a deuses; os últimos a semi-deuses e super-homens. Portanto, Literatura Oral é o conjunto das lendas e/ou narrativas transmitidas por tradição.

Segundo o folclorista Câmara Cascudo, a literatura oral brasileira se comporá dos elementos trazidos pelos três raças para a memória e uso do povo atual. Indígenas, porturgueses e africanos possuíam cantos, danças, estórias, lembranças guerreiras, mitos, cantigas de embalar, anedotas, poetas e cantores profissionais, uma já longa e espalhada admiração ao redor dos homens que sabiam assim falar e entoar.

Literatura de cordel – Pode-se dizer também que este tipo de poesia está relacionado ao romanceiro popular, a ele ligando-se, pois se apresenta como romances em poesia, pelo tipo de narração que descreve. A presença da literatura de cordel no Nordeste tem raízes lusitanas; veio-nos com o ramanceiro penisular, e possivelmente começam estes romances a ser divulgado, entre nós, já no século XVI, ou no mais tardar, no XVII, trazidos pelos colonos em suas bagagens.
Estas “folhas volantes” ou “folhas soltas”, decerto em impressão muito rudimentar ou precária, eram vendidas nas feiras, nas romarias, nas praças ou nas ruas. Nelas registravam-se fatos históricos ou transcrevia-se igualmente poesia erudita. Gil Vicente, por exemplo, nela aparece. Divulgavam-se, por intermédio das folhas volantes, narrativas tradicionais, como a Imperatriz Porcina, Princesa Magalona, Carlos Magno. Tudo isso se evidenciou, se transladou com o colono português para o Brasil, nas suas naus colonizadoras, com os lavradores, artífices, agentes do povo; e, esta tradição de romanceiro, se fixaria no Nordeste como literatura de cordel.

João de Calais - Novela popular de aventuras fantásticas de autoria de Madame de Gómez, nome literário de Magderleine A. Poisson, escritora francesa (1684-1770), incluída em sua obra Os dias divertidos (Vol II, Paris, 1723). Traduzida para o português, gozou de extrema popularidade tanto em Portugal como no Brasil. A primeira edição da tradução portuguesa é de 1783, e omite o nome do autor e do tradutor. Tem sido publicada no Brasil desde 1840. Esse herói popular é retratado na voz do cego Oliveira, cantador de feira que viveu no Crato, Ceará, com sua rabequinha, ia cantando ganhando a vida confira no disco Nordeste: Cordel, Repente,Canção em uma de suas faixas (O verdadeiro romance de João de Calais (editor proprietário João José da Silva).
Eu peço a vossas mercês
e todos que me aprecia
hoje na data do mês
porque não vejo a luz do dia
homem, menino, mulher,
cada um dá o que puder

proteja a minha bacia.
Desafio ou Peleja – A cantoria repentista é um desafio entre algumas pessoas, na maioria das vezes duas pessoas, no qual cada um tem de encontrar uma resposta para os versos de desafio do oponente, sem fazer uma pausa muito grande para reflexão. As estrofes são em geral improvisadas, mas freqüentemente os cantadores empregam também passagens tradicionais aprendidas de cor, quando convém ao contexto do tema tratado. Esta disputa – chamada desafio, peleja, discussão – termina quando um dos adversários já não é capaz de encontrar uma réplica instantânea.

Segundo Luis da Câmara Cascudo é a “Disputa poética, parte de improviso e parte decorada, entre os cantadores. É gênero que recebemos de Portugal e conhecido em todo o Brasil, mantido especialmente no Nordeste brasileiro, mais no sertão que na orla litorânea. Os instrumentos de acompanhamento são a viola e a rabeca no Norte, e a safona, o violão, no Sul, sem que se possam fixar preferências”. O desafio é o canto amebeu dos pastores gregos, dueto de improvisação entre pastores, canto alternado, obrigando resposta às perguntas do adversário. A técnica do canto amebeu fora empregada por Homéro na Itália e na Odisséia.

Os desafios têm lugar em feiras semanais e quermesses, às vezes também em casas de nordestinos abastados. Os ouvintes pagam aos cantadores de acordo com a presença de espírito demonstrada. O vencedor recebe do assistente dinheiro extra para bebida. Estes desafios duram muitas vezes horas, às vezes até dias. Por esta razão, alteram-se freqüentemente a métrica e a forma das estrofes, para não entediar demais o público e também, naturalmente, para confundir o adversário com uma métrica complicada, já que este fica obrigado a responder dentro da mesma estrutura.

Martelo – Gênero de desafio dos cantadores nordestinos cantado velozmente, numa verdadeira torrente de rimas, num martelar sem pausa, - como um ferreiro a malhar o ferro incandescente numa bigorna. Parece-nos que o tipo de martelo mais antigo era uma décima com redondilhos menores.

Atualmente o martelo é formado com estrofes de decassílabos e alguns estudiosos associam a sua denominação a Pedro Jaime Martelo (1665-1727), professor de literatura na Universidade de Bolonha, diplomata e político. O tipo mais usado pelos cantadores é o martelo agalopado. Contendo estrofes de dez versos decassílabos, na disposição ABBAACCDDC, isto é, onde o 1º rima com o 4º e o 5º, o 2º com o 3º, o 6º e o 7º com o 10º, e o 8º com o 9º, com acentuação tônica na 3ª, 6ª e 10ª sílabas. Esta modalidade é também chamada de Martelo em dez.
Quando eu canto o martelo a pedra estala
Se engrossa o firmamento, a lua geme,
Fica o mundo amarelo cor de creme,
As marés se agitam, o mar se abala,
Bacharel na tribuna perde a fala,
Todo povo que vê fica parado,
Pregador no sermão fica calado
Para ouvir meu sermão em cantoria,
E a noite realça igual ao dia
Quando eu canto o martelo agalopado.

Estudando o martelo agalopado, diz Cavalcante Proença que “o nome dado pelo povo a esse metro fica, em parte, compreensível: agalopado, porque a presenta dois tempos de galope 3+3, em hora se alargue num segmento final de quatro sílabas. Um vaqueiro só poderia defini-lo em termos de andadura de cavalo: dois tempos de galope (3+3) e dois de trote curto para esbarrar o animal (2-2).

Beira-Mar
Zé Ramalho, do livro Apocalypse.
Eu entendo a noite como um oceano
Que banha de sombras o mundo de sol
Aurora que luta por um arrebol
De cores vibrantes e ar soberano
Um olho que mira nunca o engano
Durante o instante que vou contemplar
Além, muito além onde quero chegar
Caindo a noite me lança no mundo
Além do limite do vale profundo
Que sempre começa na beira do mar
Por dentro das águas há quadros e sonhos
E coisas que sonham o mundo dos vivos
Peixes milagrosos, insetos nocivos
Paisagens abertas, desertos medonhos
Que fazem o homem se desenganar
Há peixes que lutam para se salvar
Daqueles que caçam em mar revoltoso
Outros que devoram com gênio assobroso
As vidas que caem na beira do mar
Até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
No peixe de asa eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar

Romance Popular – São poemas em versos octossílabos (pela versificação castelhana e setessílabas pela nossa) refundidos e recriados nos séculos XV e XVI, com rimas assonantes nos pares, e os impares livres, vindos dos séculos X, XI, XII, com as canções de gestas, registrando as façanhas guerreiras de espanhóis e franceses. Foram poemas feitos para o canto nas cortes e saraus aristocráticos, e não a poesia democrática e vulgar, feita para o povo.

No século XVI, a recriação foi um processo de acomodação do gênio popular e muitos motivos surgiram, dentro dos metros e modelos passados, verificados ao sabor do gosto popular, mas fiéis aos tipos antigos. Passaram as assonâncias e tonâncias as rimas simples, e neste caráter o romance teve voga extraordinária cantada e trazida para o Brasil, como para toda a América espanhola, pela memória do colonizador.

O século XVI foi à época do Romance em Portugal e justamente a fase do povoamento do Brasil. Os romances vieram, cantados e resistiram até possivelmente o século XVIII, quando foram esquecidos no uso, mas não nas memórias coloniais. O Romance em versos “Luar de Sepé”, segundo a lenda, Nicolau Nheenguiru, o terceiro cacique deste nome, tornou-se o famoso Nicolau I, Rei do Paraguai e Imperador dos Mamelucos. Enquanto que José Tiaraiú, cognominado Sepé, transformou-se no “São Sepé” da tradição gaúcha, é tratado no romance popular, transcrito por Simões Lopes (Lendas do Sul. Pelotas, Echenique & Cia, Editores, 1913).

Este romance missioneiro, cujo tema da guerra, serviu de igualmente para Basílio da Gama (Uraguai, 1769), é uma espécie de “resposta apologética”, constituindo um documento valioso para a compreensão do sentimento provocado entre a gente missioneira pela transmigração desastrosa dos Povos e a matança dos pobres índios em Caiboaté. Em verdade, a história das Missões ainda está por fazer. Augusto Meyer tem opinião divergente, achando que a extraordinária importância atribuida a Sepé na tradição riograndense não corresponde ao que nos revelam os documentos conhecidos até a data. (Prosa dos Pagos. Rio, Editora Presença/MEC, 1979). São Sepé foi também transformado por Érico Veríssimo em personagem, do romance O Tempo e o Vento.
Romance da Bela Inês
Alceu Valença

Uma musa matriz de tantas músicas Melindrosa mulher e linda e única Como o lado da lua que se oculta Escondia o mistério e a sedução Comovida com a revolução De Guevara, Camilo e Sandino Escutou me Espelho Cristalino Viajou nosso sonho libertário Bela Inês, com seu peito de operário A burguesa que amava o Capitão Acontece que a história não tem pressa E o amor se conquista passo a passo O ciúme é a véspera do fracasso E o fracasso provocar o desamor Bela Inês teve medo do 'condor' Queimou cartas. lembranças do passado E nessa guerra de Deus e do diabo Entre fogo cruzado desertou Bela Inês, com seu peito de operário Não me esconde seu ar conservador Mas eu tenho um espelho cristalino Que uma baiana me mandou de Maceió Ele tem uma luz que me alumia Ao meio dia, clareia a luz do sol Apesar dos pesares não esquece Nosso sonho real e atrevido Bela Inês tem o peito dividido Entre um porto seguro e o além-mar.

Mote – Conceito expresso em verso para ser glosado ou cantado. É também denominado tema, e podem ser de um, dois, três ou quatro versos, geralmente de sete ou dez sílabas. Sobre o Mote o poeta desenvelve a glosa, na qual figuram os versos fornecidos, juntos ou separados. Alguns estudiosos consideram a glosa como variante do vilancete e do vilancico. O vilancete era um poema lírico, galaico-português, surgido na época do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516). Compunha-se de uma estrofe (chamada mote ou cabeça) seguida de outras (chamadas voltas, ou pés, ou glosas), nas quais se desenvolvia a idéia contida no mote. O vilancico, segundo Massaud Moisés “era um tipo de canção popular correspondente, na sua estrutura, ao vilancete português: uma estrofe inicial, de dois a quatro versos (chamada refrão ou estribilho), acompanhado de uma sequência de estrofes que desenvolvem a idéia poética contida no refrão”.
Alguns Motes
A saudade é companheira
de quem não tem companhia...
Todo bem que desejo a mulher ruim
é cadeia, hospital e cemitério
De dous ff se compõe
esta cidade a meu ver Gregório de Mattos
um furtar, outro fuder
Cada dia que passa é mais um dia
de saudade, triteza e desengano. José Alves Sobrinho
Três gigantes do verso repentista
Quem quiser falar de mim
cante e grite pela rua
que eu como é na minha casa
cada qual coma na sua
Sinônimo de amor é amar,
espinha dorsal da mente

Xilogravura – Arte de origem monástica, a xilografia aplicou-se a princípio na estampagem de motivos sacros em panos e tapetes de igreja. Atraída pelo comércio profano, logo se exercitou na impressão de imagens de santos, cuja procura aumentara com o incremento dado às peregrinações pelo papa Bonifácio IX. Os romeiros compravam-nas e traziam-nas para suas casas como lembrança e atestado de presença e como objeto de culto, pois rezando diante delas ganhavam uns tantos dias de indulgência. Das figuras religiosas estenderam-se os gravadores às de baralhos, reduzidas pelo alto preço das cartas de jogar pintadas a mãos.

Das estampas chegaram os gravadores dos folhetos e opúsculos e iriam certamente adiante se a superveniência da tipografia não abreviasse a vida naturalmente curta da impressão tabulária. Segundo Rouveyre, a impressão xilográfica constitui o primeiro passo no sentido da descoberta da impressão em caracteres móveis.

As técnicas tipográficas, que, tanto quanto se sabe, eram praticadas na China desde o segundo século da nossa era e na Europa desde a segunda metade do século XIII, surgiram de outras preocupações, de um estado de espírito diferente do que provocara, na Antigüidade, a produção de selos, anéis, medalhas e moedas. Com efeito, é impossível confundir simples inscrição em metal, e mesmo em argila (como as que constituíam os livros das bibliotecas mesopotâmicas), que pertencem, sem dúvida, à arte de imprimir no seu sentimento lato, com os processos de imprensa, inventados independente das primeiras e visando finalidades completamente diversas.
Na Europa foram as primeiras impressões xilográficas que receberam o nome de impressões tabelares ou tabulares, justamente por serem feitas com o emprego de tabuinhas; é que, em flagrante contradição com o espírito mesmo da tipografia, essas impressões eram feitas em folha única, tal como a cópia manuscrita. Esses impressos, dos quais se conhecem mais de três mil, datando do século XV, reproduzem coisas aparentemente contraditórias, como imagens de santo e baralhos, além de calendários.

Essa técnica de impressão que consiste em entalhar uma chapa de madeira com goiva, formão, faca ou buril, formando um desenho. A matriz é entintada com um rolo de borracha, que só toca onde a madeira não foi desbastada. A tinta passa para o papel por pressão; os brancos da gravura correspondem aos sulcos. As gravuras de cordel do Nordeste brasileiro são feitas, em geral, com esta técnica.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

GILFRANCISCO SOBRE MÁRIO CABRAL

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com



Autor de quase vinte livros (crítica, história, folclore, poesia, ensaios, contos, romances, memórias), Mário Cabral nasceu em Aracaju em 26 de março de 1914, estudou no Atheneu Pedro II e fez os estudos complementares em Salvador, onde, formou-se em Direito em 1937.Ao retornar a Aracaju, advogou, lecionou dirigiu o Sergipe Jornal, fundou a revista Aracaju e foi seu prefeito. Em 1955, passou definitivamente a viver em Salvador, onde dirigiu o Diário da Bahia, passando depois a colaborar no Diário de Notícias, Estado da Bahia e no Jornal da Bahia.

Antes, de mais nada e acima de tudo, o escritor Mário Cabral é um intelectual, um daqueles poucos brasileiros que ainda se preocupam e insistem em pensar. Coisa rara no país do carnaval nos dias atuais. Mas nem por isso sua obra é conhecida suficientemente pela grande maioria dos brasileiros. Conheci o poeta Mário Cabral, nos idos de 1980 num lançamento na Academia de Letras da Bahia, quando me ofertou o livro de poesia Juízo Final, e logo percebi a sua decidida vocação literária, brilhante e oportuna.Nesse novo livro de versos Cidade Morta, Aracaju, 1ª, 1954. Salvador, Editora Artes Gráficas, 2ª ed. 247 ps. 1998, o consagrado poeta reúne 90 poemas.

A primeira notícia sobre esse livro ainda inédito, data de 3 de fevereiro de 1937, através do artigo Prosa e Verso, escrito pelo crítico mineiro radicado em Salvador, Carlos Chiacchio (1884-1947) que gozava grande prestígio na época, pois mantinha no jornal A Tarde, uma coluna literária, Homens & Obras, de 1928 a 1946 (dezoito anos de rodapés semanais), constituindo um registro constante e praticamente completo de tudo o que de mais significativo aconteceu, particularmente na Bahia, nas áreas da literatura e da arte: “Mário Cabral, um jovem poeta do nordeste, envia-me da cidade de Aracaju, os seus versos ainda inéditos. E deseja uma impressão qualquer. Esplêndidos, eu lhe diria, se um simples adjetivo valesse uma crítica. Mas no seu caso vale. Variedades de metros, dos libertados, à moda nova dos independentes em arte, aos cativos, ao jeito antigo dos clássicos em métrica. E a riqueza cintilante dos temas renovados pelos frêmitos da alegria criadora, valentemente moça, discretamente ousada, equilibradamente forte, que os seus versos revelam, faz que se diga de Mário Cabral, o melhor que se possa dizer, não uma promessa, porém uma esplêndida (lá vem o adjetivo) uma esplêndida afirmação de poeta”.Cidade Morta é um cadente mostruário da poesia a serviço da vida, do homem e da utopia. Uma obra que é surpreendente por sua atualidade e modernidade, onde o poeta, utilizando uma linguagem simples e calorosa, convida o leitor a aproximar-se dos seus primeiros passos nas letras. Cuja poesia violentamente luminosa, das mais “densas” no nosso tempo, faz de Mário Cabral ser sempre uma celebridade crescente.

Graças a esse sensível poeta, feito de forma sutil, sorriso aberto, olhos brilhantes de aracajuano, não deixa dúvidas quanto ao seu estilo real e fictício. Sua obra é um manancial que brota entre rochas adustas em uma alta paisagem fria mas aquecida por um sol poderoso. Uma voz viril, que faz falta em quase toda nossa poesia moderna.Mário Cabral continua avançando sem consultar o corpo se suporta os ímpetos do espírito: fazendo crítica literária, escrevendo cartas aos amigos, além de artigos sobre assuntos diversos para jornais e revistas. Um homem que viveu muito e intensamente, com saber de experiência feito, dar essa lição de entendimento literário e humano aos jovens. Obrigado pela oferta desse livro maravilhoso (Cidade Morta), onde temos a dimensão do vigor do seu espírito, que é bem mais uma parte de sua alma de poeta, pelo respeito e admiração que lhe consagro. Para o poeta que completa, 86 anos de idade, a função do escritor é manter a língua e a imaginação de uma cultura viva, porque sua produção literária é o depositário da consciência e da cultura de um povo.Mário Cabral tem artigos publicados em vários jornais do Norte e do Sul do país, como também, do exterior, Chile, Peru e USA. Faz parte do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia e da Associação Brasileira de Escritores. Sua obra tem sido elogiada pelos maiores intelectuais do país, como, por exemplo, Jorge Amado, Amando Fontes, Érico Veríssimo, Carlos Chiacchio, Luis da Câmara Cascudo, dentre outros.Lição de PoesiaA poesia é o sofrimentosublimado.

A dor íntima,subjetiva, indefinida,tradução da tristeza e do abandono,não compatível com o ser-feliz.A poesia é à noite, o inverno,o vivo de um cão,o guarda-noturno,o mendigo incendiado,a amarga separação.É a magia de um bar,a magia do sonho, da luz ou da fumaça,do martini esquecido sobre a mesa,do piston a gemer de madrugada,da dorida expressão confessional.São os descaminhos e os desencontrosdo amor, do ciúme, da ausência,da incompreensão sem remédio.Todos os poetas cantaram o sofrimentodo homem, seus anseios e suas angústias.Não há alegria em Elliot,Rilke, Baudelaire ou Shakespeare.O verdadeiro poeta quando não sofreinventa o sofrimento.Veste, como uma luva, a roupagemdos famintos e dos desgraçados,dos grandes traídos e dos grandes solitários.- Quem, afinal, já escreveu a poesia feliz ?* Jornalista e professor universitárioFoto: Divulgação


TEMPORADA 2008 DA ORQUESTRA SINFÔNICA DE SERGIPE COMEÇA EM MARÇO

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com


Temporada 2008 da Orquestra Sinfônica de Sergipe começa em março.

Mais um ano chega repleto de novas conquistas. A Orquestra Sinfônica de Sergipe tem o orgulho de apresentar sua segunda Temporada Anual de Concertos, recebendo em Aracaju grandes solistas e regentes convidados de alto nível.
Pode-se dizer que com os ganhos artísticos desenvolvidos por nosso grupo ao longo dos últimos anos e com o importante apoio da Secretaria de Estado da Cultura, nossa orquestra se equipara, em programação, àquilo que de melhor é produzido e realizado nos grandes centros artísticos de nosso país.

Acompanhe no link abaixo o cronograma das apresentações:
INFORMESERGIPE